rapidinha das urnas (uh!)
Dia de pleito e sempre especial. O rito se inicia na noite anterior sob o desespero que a lei seca causa. Os colunistas desse blog se refocilaram em tal pardieiro pouco dotado de seres do sexo oposto e abundante em alcool que terminaram a noite numa acirrada contenda de arremesso de limãozinho galego no saco de um de nossos amigos que dormia o frágil sono dos borrachos. Que dureza!
Acordei com uma queimação estomacal que reluto em aceitar ser resultado do X-Calabreza-Bacon que arrematei às 5 da madrugada. E já que estava acordado logo cedo, vesti minha roupa solene de votação, a camisa do meu glorioso time de futebol, e corri para a zona, a eleitoral. Infelizmente, esse ano não pude comparecer de sunga cavada, camiseta regata e mocassim sem meias pois o frio a aquela altura da manha era proibitivo. E já que esse clima eufórico resultante da festa da democracia é contagiante, tirei o pleito para meu entretenimento.
Pulei atrás da câmera enquanto o repórter falava ao vivo, dei entrevista para radio pirata, discuti futebol com o mesário, incentivei o fumo em áreas proibidas e o mais importante: digitei 1919 para ver a foto do candidato Papai Noel. Para meu espanto ele estava à paisana, parecendo ser apenas mais um individuo normal como esse que vos escreve. Foi nessa que perdi a fé no postulante e desisti de dar meu voto a ele. Porra, se o cara aparece a caráter na TV, tinha que estar assim na urna. Mas ele deve estar feliz ao saber que alguém quase votou nele e isso já e acalanto para minha azia que insiste em permanecer.
E apesar de tudo isso, cultivei certa inveja hoje daquele mesário da região nordeste que foi trabalhar bêbado. Puta trabalho chato em dia de lei seca. E pela face do rapaz, deve ter tomado aquele rabo de galo logo cedo na padaria. Como já alardeou o Chauffeur, saudades do tempo em que as cabinas eleitorais eram patrocinadas pela Antártica.
Para findar esse post “pós-primeira” bimbada de maneira mais humana e solidária gostaria de mandar um abraço apertado com direito a beijo no ouvido que machuca o tímpano ao candidato a governo de São Paulo pelo Prona, Renato Reichmann. Ele não teve um misero voto sequer. Nada, Zero, Nothing! Porra, ta mal de família, hein, amigo?
...e não me venha com chorumelos!
ps: malditos acentos!
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