Guerra ao Eixo
Havia tanto tempo que eu não furunfava neste querido blog que quase não me lembrei da senha do mesmo. Não fosse esta algo corriqueiro que faço... Pois bem, ser colunista do chorumelos é uma árdua tarefa, você não pode se ausentar por um instante que quando volta já tem uma crise de governo aqui, um mega assalto ali, o sul dos E.U.A viram terceiro mundo, etc. Não fosse ser eu um jovem "antenado" e a cuíca já tinha parado de fiufar no tom. Mas pelo frigir dos ovos as coisas continuam no estribo, é dizer, ninguém comenta com muita frequência no nosso espaço. Aliás, não fosse "chorumelos" termo transcedental no bojo da discussão anti-hipócrita da sociedade brasileira, e este blog já se chamaria "0 Comments".
A bem da verdade, a culpa pelo longo hiato de minhas postagens se deve ao fato de não possuir um computador pessoal a disposição, e ter que duelar o uso até a morte com frequência com meu colega japônes viciado e dono da máquina. É impressionante, o infeliz fica dias e dias trancafiado em seu quarto e quando alguém quer usar por um minuto se quer não tem paz alguma. Analiso-o como o típico adolescente "antenado" atual (adoro esse termo "geração-malhação"). O cara deve saber mais do que eu e o prometeu juntos sobre sites de putaria mas não deve ter apertado mais que duas tetas na vida (contando as da mãe).
De fato, o jovem está cada vez mais conectado e interagindo com o mundo. Assite ao vivo acontecimentos do outro lado do globo, usa celular e seus torpedos, joga on line com semelhantes de qualquer parte do planeta, interage de trocentas novas formas mas...continua trancado no quarto, e isso é com todos os jovens atuais. Apesar de possuir em mãos tecnologia de ponta impensável a vinte anos atrás, só agrava sua situação de isolamento. Costumo comparar esses seres contemporâneos ao E.T do filme homônimo de Spielberg, que apesar de que sabe-se lá porque cargas d´agua tentou transformar uma serra de torno, uma lancheira, e um cabide em discador intergalático, continua implorando por contato. E é isso que os seres contemporâneos fazem agora, estão trancados e hiperconectados mas por dentro imploram por contato, tipo "e.t, minha casa...", mas sem o dedo erótico luminoso. Espero que se utilizem do mesmo filme para amadurecerem, afinal todos nós só deixamos de ser crianças quando nos conformamos que a bicicleta não pode voar.
Mas vá lá, ninguém é perfeito. Confesso que também devemos ter nossas mediocridades e quiçá alguém um dia poderá julgar-nos, porém espero que até la eu já tenha me reciclado. Mas minhas idéias estão a toda, colocarei-as nos próximos dias com mais frequência se assim permitir o micro súdito do eixo. Por hora deixo-os as questões bases da filosofia japonesa: Yamaha? Yakult? Yakuza? Yashica?
...e não me venha com chorumelos!
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