... e não me venha com chorumelos!

Insanidades e afins postadas pelas mentes mais obscuras que rondam o meio virtual.

quinta-feira, novembro 02, 2006

Peruca Pubica: Uma Contextualizacao Historica




















Passada a Copa do Mundo e as eleicoes, parece que o unico acontecimento realmente importante do ano que restou e o iminente titulo brasileiro do Sao Paulo FC. Especialmente ao Prometeu, aos perdedores, bananas!

Como mais esse titulo ja esta no papo, e os outros 2 topicos favoritos para escrutinio ja estao encerrados, o blog pode retomar assuntos que verdadeiramente (hoje estou cheio de ademanes e adverbios, cuidado!) podem mudar os rumos catilogenicos da humanidade.
As linhas a seguir nasceram de um papo com uma amiga, cujo blog trata com verniz e competencia o mundo pop. Ela me inspirou, nao no sentido literal, mas ja foi de grande valia e quica muito mais proveitoso em termos analiticos (em termos energeticos equivale a 1 bifinho, 1 churro de doce de leite e duas mariolas de coco). Aos curiosos, o blog: http://www.galaxyof.blogspot.com/

Aos persistentes, o post:
De Claudia Ohana a Maria Betania sempre me bateu a curiosidade sobre como cricas nos dias atuais mantem o zelo pelo comprimento de seus pelos pubianos. O dilema se sucede principalmente com pachachas incastas que desafiaram o tempo o suficiente para presenciar as tendencias da moda que dita a "verve" da pilosidade pubica. Foi ai que me ocorreu algo mais grandioso e catedralesco, uma verdadeira bedalha dos deuses capilares.
Como tera sido a evolucao dos cabelos que cobrem a pichota e o gasganete conal? Tera sido a mata virgem para sempre virgem ate a humanidade ter atingido o apogeu da putaria feita para consumo visual e manual em nossos video-cassetes?

O que de fato acontece, e sociologicamente analisando, e que nos dias atuais o tamanho do chumaco equivale ao perimetro determinado por biquinis e calcinhas, e logo onde minimalismo ha, no sentido mais literal da palavra, os unicos cabelos a existir sao os que estao a cobrir a caixa craniana. Aquele restinho ao leu nunca pegou muito bem, embora botasse alguns a intergescer o pepino, como atesta a capa de um disco do Jane's Addiction.

Historicamente, o alternativo sempre foi cultivar os pelos a extensao maxima e nao o contrario, como o mais aforcurado leitor pode imaginar. Nos povos antigos como gregos e romanos nao se encontra uma estatua gadelhuda sequer. Todas tem colhoes e pachacha mais lisos do que as partes daqueles que decendem dos infortunados de Hiroshima. E se os gregos que profetizavam o corpo humano como parte sublime de sua filosofia nao incluiram pelos nos cus, xoxotas e nabos de suas representacoes humanas, quem somos nos para discutir a densidade capilar das partes baixas desses povos? Provas sao provas.

Na idade media e tudo o que veio a seguir, existe a impressao que as anatemas e carbonarios marginalizados eram aqueles que tratavam de pelar as partes. Digo que isso e uma grande falacia, uma patranha que so serve para confundir e bulir o juizo. De fato com tantos piolhos e maleitas transmitidas devido a falta de praticas minimas de higiene, esses povos passaram a cortar o mal pela raiz, eliminando toda e qualquer possibilidade de instalacao e procriacao de bichos chegados a umidade e calor. A quantidade absurda de camadas de roupa complicando a foda sugere que pintos e xoxotas eram esquecidos como velhos calaboucos numa masmorra, o que tambem e um grande erro de percepcao. Com a aparelhagem lisinha e lustra fica claro o aumento pela vontade de foder, mas como os tempos nao permitiam o risco de uma barriga cheia, ficava-se a cobrir para assim evitar uma espipada do pepino. E ja que nas classes mais abastadas usava-se peruca como metodo de combate a piolhos nas partes superiores, nada mais justo do que imaginar o hemisferio sul coberto por perucas brancas dando aquele ar de pachacha sopeira, descabelada e senil.

Foi apenas no seculo XX que o perimetro cabeludo deixou de ser alternativo e virou mainstream.
Os efeitos de tal movimento, embalado pelos hippies que afinal eram alternativos, pode ser sentido ate hoje em nossas frotas de xoxota. Um pouco de pelo e sempre sexy e tambem evita a impressao de se estar caindo de boca naquele peru cru semi-temperado que a familia aguarda ansiosamente na ceia natalina. Essa historia de mata virgem, que no caso da ja citada Maria Betania e semi literal pois trata-se de uma bruaca de quatro costados, nao apetece muito.

A que se fazer justica e lembrar que o movimento de marginalizacao da peruca pubica ganhou um forte aliado a partir da cricao da lamina descartavel pela Gillete. Antes disso deveria ser um martirio para a raca humana devastar as savanas. Geracoes se cansaram dos metodos barbaros e preferiram cultivar o chumaco a sua extensao maxima. Eu mesmo nunca colocaria meu pipi perto de uma navalha. Nos EUA criou-se o mito da "Brazilian Wax," a ideia de que toda pitchula tupiniquim e lisinha e passa verniz na periquita. Espertos duplamente, os gringos empurraram para um canto do terceiro mundo a culpa pela volta da xota pelada na medida em que perceberam que os nossos biquinis consomem menos pano e ganham maior aderencia. Sendo assim, ter a ximboca cabeluda hoje em dia virou sinal de retrocesso, embora nao se deve perder a perspectiva historica de que o mundo sempre foi das depiladas.

Dada toda essa adequecao antropologica a qual submeti o mais bronco leitor, fica agora a noticia mais chocante. Depois de mortos nossas perucas pubicas continuam a inchar! Ta cheio de morto cabeludo por ai. Por isso depois que eu cantar o 37 vou mandar pelar a pistola e envernizar em caso de um mandato de exumacao. Vai que a legista e de boa aparencia.

...e nao me venha com chorumelos!

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Sólida contextualização histórica. Nunca o tema foi tratado com tamanha análise crítica e seriedade. Congratulações.

15:00  

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