... e não me venha com chorumelos!

Insanidades e afins postadas pelas mentes mais obscuras que rondam o meio virtual.

domingo, maio 29, 2005

Deus salve o Delivery

Domingo pós feriado é aquilo. Sozinho em casa e sem saco pra preparar meu próprio rango, resolvi retornar às origens do homem pré-histórico e sair em busca do meu próprio alimento, ou seja, um self service qualquer das redondezas. Aqui começam minhas críticas. Desde já deixo claro que odeio comer fora por certos motivos. O primeiro deles é que dia de domingo as pessoas costumam sair em família para almoçarem em restaurantes e afins sob o pretexto de que as esposas não querem lavar a louça na ausência das domésticas ou pela necessidade de dar um passeio com as crianças e tal. Com isso, o restaurante que nos dias de domingo às vezes é uma necessidade do mundo urbano-moderno, torna-se um lazer infeliz que congrega pessoas de diferentes costumes para o ato tão sagrado de comer. Digo sagrado porque o ato da refeição na maioria das culturas não bárbaras é uma forma de aproximar os parentes e familiares para versarem sobre os assuntos do dia, da semana, do mês etc... para que assim a família mantenha a unidade e não percam seus entes para outras "famílias" sempre dispostas a oferecer abrigo. Leia-se televisão ou qualquer outro vício.
Confesso que não costumo realizar refeições diárias em casa com familiares, mas isso se compensa imensamente com o fato de realizar frequentemente almoços com quase todos os parentes, o que mantem um vínculo maior com a parentada em geral.

Voltando a minha situação, rumei para o estabelecimento já com o intuito de preparar meu rango em uma marmita e voltar para casa afim de almoçar na santa paz. Como de esperado, uma fila homérica havia na porta do lugar aguardando mesa. Tá aí mais uma situação irritante. Acho inconcebível o fato de ter de aguardar para comer em qualquer estabelecimento, me sinto como se estivesse na fila do sopão gratuito de algum albergue. Nem no McDonalds é necessário esperar para comer! E este sim é um verdadeiro minador dos alicerces da família que comentei acima.
Mas enfim, na fila havia o esperado: pai, mãe, filho, filha, vó, tia, o namorado indesejado da filha, cachorro, preá...etc. Como eu iria fazer prato pra viajem e portanto não utilizaria mesa e, como eu adoro arrumar confusão em portas de estabelecimentos, já fui entrando sem maiores rodeios furando a fila e não dando satisfação pra ninguém a não ser pra mocinha que entregava a comanda na porta e que sabia o que se passava. Não deu outra. Uma senhora madama ranzinza bateu no meu ombro e praguejou:

Madama: "Psiu. Ô mocinho! Não sei se você percebeu mas tem uma fila aqui!"

Eu: "Bom proveito dela..."

Pronto, estava armado o circo. Como eu adoro ver o ser humano com todas suas sofisticações e polimentos se tornarem animais comuns nas horas que os instinto se faz latente, ou seja, comer. Um quer comer antes do outro e fodam-se as boas maneiras. Seguindo a praxe, a mocinha da comanda interviu explicando para a madama que o meu era para viajem etc... e para encerrar o assunto de forma ácida me ofereci para fazer uma marmita para a senhora sofisticada da fila. Nem fiquei para ouvir a resposta.
Lá dentro a imagem do inferno. Era gente se acotovelando na hora de montar o prato, garçons desesperados, criança jogando comida no chão, a outra comendo yakisoba pela boca e expelindo pelo nariz, e outras descontroladas na iminência de ferir, quebrar, derrubar e/ou danificar a outrem ou a si própria abrindo assim aquele berreiro de choro do seu lado. Sem contar a avó que vai junto, mastiga de vagar e/ou cheira naftalina fazendo com que os parentes duelem na hora de culpar a pessoa que teve a idéia de traze-la, tornando assim injustamente a pessoa que mereceria carinho e respeito em um encosto. Feito meu prato, até cheguei a encontrar a madama no caminho pro caixa, mas ela estava devorando uma rabada tão pré históricamente que nem me notou. Retornei para casa, onde pude fazer minha refeição decentemente e pensei... Deus salve o delivery.
...e não me venha com chorumelos!

sexta-feira, maio 20, 2005

Cantai uma nova canção...

Após glorioso triunfo do tricolor paulista o qual comemorei com homérica bebedeira nesta quarta feira, tomei parte em realizar meu rito neo-tecno-capitalista que consiste em me acomodar no sofá e zapear os canais da Tv a cabo disposto a encontrar algo que se não bom, pelo menos me induza à uma crítica qualquer. Trilha sonora para este momento: Lou Reed - Satellite of Love.

Mal se aproximando do quinto canal visto, me deparo com o canal 20. Opa!Canal local onde princesinhas da high society francana costumam aparecer nas badaladas baladas da cidade fazendo seu trottoir. Nada mal admirirar algumas ninfetas a esta altura do campeonato, com meu time recém triunfante de uma batalha, não iria mal nutrir pensamentos devassos àquela altura da noite.

Mero engano. A “Canção Nova” fazia mais uma de suas inserções...mas no canal local?!?! É o cúmulo! Devem pagar bem por tais inserções. E não nego que tal fé tenha inspirado a demanda de indulgências que pagavam meu salário há alguns meses atrás... mas invadir minha casa já é de mais.



Sem muitas outras opções, observei por instantes o programa que me chamou a atenção, isto pelo seguinte: este disparava orações aos quatro cantos, nada me espanta em um canal católico. Porém, o que me chamou a atenção foi o fato de que o apresentador (e narrador das orações) do programa era um cara mais jovem do que eu, enfim um novato. Me senti na posição de dizer isto. A igreja Católica, instituição que respeito, sendo representada em um canal local às duas da madruga por um cara cuja ignorância transparecia sem a necessidade de maiores celeumas. E que para cada dezena de nomes de necessitados de quem falava pronunciava um cântico bizarro assim: Shiribirikan balabailakabalibailá... Cacete! Eu, além de mais velho do que o sujeito e, apesar de ter vivido a maioria de meus anos em um colégio católico, nunca ouvira uma música dessa nas orações. Tá certo que “...cantai ao Senhor uma nova canção”, mas complemento para que não sejamos bizarros.

Frente a esta estranheza e observando o número do telefone que pululava na tela do canal, resolvi ligar e solicitar minha oração fictícia. Isto é claro me valendo dos serviços da operadora 14 que por questão de séria defasagem no sistema de administração da telefonia SP-MG regida pela ANATEL, me presenteia com a ausência de contas, vulgo “gato”. Liguei, e na primeira tentativa aguardei até ouvir uma mensagem: “A canção nova está no momento com todos seus atendentes ocupados, mas lhe deseja uma boa noite e uma benção”. Não satisfeito liguei novamente e fui atentido por uma operadora de telemarketing que além de voz terna e suave me suscitou pensamentos impuros sabe-se lá cargas d´agua porque (devo estar com encosto).

A fim de comprovar a seriedade dos intermediários de Deus, que cobram devidamente as ligações é claro, pedi uma suposta oração em nome de “Sérgio” (com um sobrenome outro qualquer) para um fictício parente chamado “Aristarco Pederneiras”, cujo nome me foi inspirado pelo simples fato de cômico ser sua pronuncia em um programa de tal estirpe. Resultado: o apresentador não pediu a oração alegando ao fim do programa que muitos eram os pedidos, mas que estariam orando por ele e Shiribirikanbalaiala....

Palhaço! Devoto que sou, rezei minha Ave-Maria e fui dormir. Depois julgam(mídia e opinião) não saber o porquê do novo Papa ser conservador....e não me venha com chorumelos! (muito menos com cânticos bizarros)

quinta-feira, maio 12, 2005

Meu Namoro com a Carolina Magalhães

Assustados com o título desta furunfada? Duvidam que este humilde furunfador do …e não me venha chorumelos chamado Prometeu possa entrar de cabeça em uma dessas? Devem estar se perguntando será que ele mudou de vida, e agora em vez de postar no blog mais sem audiência já registrado, hoje em dia frequenta a alta sociedade baiana? Não é possível crer que um cara cheio de ideais como o Prometeu resolveu se juntar ao ACM e seu bando.

Não pessoal, não é nada disso! Aliás é justamente por isso que não namoro com a Carol. Como poderia eu, "apenas um rapaz latino americano", pactuar com gente desta laia. Lógicamente virão aqueles mais inocentes falando que ela não tem culpa de pertencer a uma família assim, que é uma boa moça e blá blá blá… Mentira! Ela tem culpa sim! Não de nascer lá, mas de viver como se isso não fosse problema dela. Cada viagem a Europa, cada passeio de iate, cada produto de grife que ela usa é pago com o dinheiro dos inocentes contribuintes brasileiros, que sofrem por algum crime que não cometeram por causa desses infelizes, para não dizer outra coisa.

Ao pensar em namora-la me vejo entre a moral e a garantia de dias melhores. De fato o que poderia faltar a uma pessoa como eu, se engatasse com essa rapariga? Comidas, viagens, trabalho (mas não muito) ganhando rios de dinheiro, ou seja, tudo do bom e do mehor. Mas, cade a paz na hora de encostar a cabeça no travesseiro? Sei lá, depois de passar a rabeta daquela belezura regada a champagne vou pensar em paz? Vou dormir feito um anjinho! Mesmo que caído.



Enfim, juro perante os quatro leitores deste blog (sendo eu um deles), que não namorarei esta menina nem outras da mesma laia, mas com certeza, se tiver oportunidade, colocarei na bunda dela, em nome de todos os brasileiros que sentem a mesma coisa por causa daquele bando.

…E não me venha com chorumelos!

quarta-feira, maio 04, 2005

O novo Prometeu!



E com e-meio também!!

prometeu_chorumelos@yahoo.com.br

segunda-feira, maio 02, 2005



...e não me venha com chorumelos!