... e não me venha com chorumelos!

Insanidades e afins postadas pelas mentes mais obscuras que rondam o meio virtual.

segunda-feira, setembro 26, 2005



sábado, setembro 24, 2005

Guerra ao Eixo



Havia tanto tempo que eu não furunfava neste querido blog que quase não me lembrei da senha do mesmo. Não fosse esta algo corriqueiro que faço... Pois bem, ser colunista do chorumelos é uma árdua tarefa, você não pode se ausentar por um instante que quando volta já tem uma crise de governo aqui, um mega assalto ali, o sul dos E.U.A viram terceiro mundo, etc. Não fosse ser eu um jovem "antenado" e a cuíca já tinha parado de fiufar no tom. Mas pelo frigir dos ovos as coisas continuam no estribo, é dizer, ninguém comenta com muita frequência no nosso espaço. Aliás, não fosse "chorumelos" termo transcedental no bojo da discussão anti-hipócrita da sociedade brasileira, e este blog já se chamaria "0 Comments".
A bem da verdade, a culpa pelo longo hiato de minhas postagens se deve ao fato de não possuir um computador pessoal a disposição, e ter que duelar o uso até a morte com frequência com meu colega japônes viciado e dono da máquina. É impressionante, o infeliz fica dias e dias trancafiado em seu quarto e quando alguém quer usar por um minuto se quer não tem paz alguma. Analiso-o como o típico adolescente "antenado" atual (adoro esse termo "geração-malhação"). O cara deve saber mais do que eu e o prometeu juntos sobre sites de putaria mas não deve ter apertado mais que duas tetas na vida (contando as da mãe).
De fato, o jovem está cada vez mais conectado e interagindo com o mundo. Assite ao vivo acontecimentos do outro lado do globo, usa celular e seus torpedos, joga on line com semelhantes de qualquer parte do planeta, interage de trocentas novas formas mas...continua trancado no quarto, e isso é com todos os jovens atuais. Apesar de possuir em mãos tecnologia de ponta impensável a vinte anos atrás, só agrava sua situação de isolamento. Costumo comparar esses seres contemporâneos ao E.T do filme homônimo de Spielberg, que apesar de que sabe-se lá porque cargas d´agua tentou transformar uma serra de torno, uma lancheira, e um cabide em discador intergalático, continua implorando por contato. E é isso que os seres contemporâneos fazem agora, estão trancados e hiperconectados mas por dentro imploram por contato, tipo "e.t, minha casa...", mas sem o dedo erótico luminoso. Espero que se utilizem do mesmo filme para amadurecerem, afinal todos nós só deixamos de ser crianças quando nos conformamos que a bicicleta não pode voar.
Mas vá lá, ninguém é perfeito. Confesso que também devemos ter nossas mediocridades e quiçá alguém um dia poderá julgar-nos, porém espero que até la eu já tenha me reciclado. Mas minhas idéias estão a toda, colocarei-as nos próximos dias com mais frequência se assim permitir o micro súdito do eixo. Por hora deixo-os as questões bases da filosofia japonesa: Yamaha? Yakult? Yakuza? Yashica?

...e não me venha com chorumelos!

sábado, setembro 17, 2005

Dor de Corno

Caros amigos do e … não me venha com chorumelos, é com profundo pesar que admito, sou um corno manso! Calma galera, não é por causa das namoradas que eu tive (até onde eu sei), mas por fatores mais abrangentes, que certamente podem fazer com que outras pessoas venham a se sentir como me sinto.

Eu acreditava que havia um partido aqui no Brasil, que se não fosse acima de quaisquer suspeitas, inspirava um pouco mais de honestidade que os demais. No qual ao menos o líder maior e seus mais altos comparças pareciam afastados de quaisquer suspeitas de falcatruas ou coisas do gênero (se bem que esse tal de Zé Dirceu nunca me cheirou bem). Depois de muita insistência eles chegaram ao poder (e com ajuda do meu voto!). Sinceramente não esperava nenhuma revolução e nenhum espetáculo do crescimento. Esperava sim só um pouco mais de honestidade e vontade. Nisto eu tinha fé. Achava apenas que as coisas seriam colocadas nos eixos vagarosamente. Até que um “belo” dia a verdade vem à tona. Propinas, mensalões além do assumido “dinheiro não contabilizado”. Pois é, tucanaram o caixa dois. Ou será que tucanaram o PT? Pouco importa, não vi nenhuma mudança, nem no medo, e muito menos na esperança. Não é difícil se sentir traído quando se pensa na promessa principal de campanha; a mudança. Que mudança?

Como se não bastasse este córneo que paira sobre minha cabeça, me recordo da confiança que depositei sobre aquele que vestia a camisa 7 do meu glorioso alvinegro praiano. Desde o começo, nunca me abalei com as críticas que diziam que ele não sabia fazer gol, que só fazia firula, que não teria futuro. Sempre soube e ainda sei que ele será o melhor jogador do mundo e trará uma copa do mundo para nós. Ele, junto com seu time maravilhoso de 2002, me devolveu o prazer de acompanhar ferrenhamente futebol, saber que a virada era quase certa e que nem tudo estava perdido.
Até que ouvi um depoimento dizendo que seu sonho era jogar no Barcelona… Foi duro. Será que ele não entendia que magnitute da camisa branca supera de longe a daquele time? Enfim, passou-se o tempo e ele continuou a trazer alegria aos pobres brasileiros que o acompanhavam. Foi então que em uma atitude sem cabimento feriu de vez o orgulho de toda a nação santista. Não era possível que o mesmo menino que a menos de seis meses cantava seu amor ao Santos, poderia tomar uma atitude dessas. Negociação resolvida, ele ainda volta a vestir o manto, e desgraçadamente ainda nos deixa no topo da tabela. Imaginem uma mulher traída, que tem seu marido de volta sabendo que é só por pouco tempo, que a leva ao céu e depois vai embora novamente.

Então me pergunto, em quem mais confiar?

E não me venha com chorumelos!



prometeu_chorumelos@yahoo.com.br

sábado, setembro 10, 2005

O mundo fashion dos que não ligam para a moda.

Outro dia fui dar um rolê pelo centrão de Sâo Paulo, em busca de um aparelho de som que tivesse vitrola (se alguém tiver um e quiser me vender…). Estando perto da Galeria do Rock, somei a esperança de encontrar tal aparelho com a vontade de fazer uma visitinha a este lugar, que outrora me causava um imenso facínio, e fui.

Na busca pelo som, observei a imensidão de lojas de roupas e acessórios que se proliferava por toda a galeria. As lojas de CDs e discos não são nem de longe a maioria absoluta dos estabelecimentos comerciais do local.

Eu, roqueiro já velho, pouco habituado a novas bandas e estilos, acabei por me interessar mais pelos conceitos que dividiam tal espaço, do que propriamente com a música. Nada muda muito, ou pelo menos mudou desde que comecei a me interessar por esse estilo de música. Algumas tribos, cada uma com suas peculiaridades, seu visual, mas em geral, é só rock. Lugar onde a preocupação de ser fashion, estar na moda e gastar dinheiro com apetrechos não tem espaço. Ou será que tem?

Nos meus tempos de camisa preta, as vezes que ia à galeria, certamente esvaziaria meu bolso, mas entre tantas opções de gasto, jamais reservaria nenhuma parte sequer para comprar algo que não pudesse ouvir. O raciocínio era simples, entre comprar roupa e CD, ficava com o CD, afinal estava na Galeria do Rock, onde mais encontraria tanto som bom e tanta raridade de som?

Nesta minha andança de horário de almoço, tive a certeza que as inúmeras lojas de vestuário só estavam ali por que havia quem deixasse suas economias lá. O fato é que a galera gasta muito mais dinheiro para ser feio, e parecer roqueiro do que para se instruir e ser roqueiro! Em poucos segundos de caminhada por este shopping, que por hora parece uma Daslu de preto tal os preços exorbitantes que apresenta, esta observação é muito fácil, pela arrumação impecável que cada consumidor apresenta no seu estilo rock de ser.

É óbvio que quanto mais rock parecer, melhor, mais sucesso vai fazer, entre outros, que não deixa de ser um mundo fashion às avessas. Ao invés de gastar dinheiro para estar na vanguarda da moda, gasta dinheiro para estagnar no tempo em que sua banda era famosa. E o rock onde fica? Como diria aquele que nos deu a base para este blog…

há controvérsias!


prometeu_chorumelos@yahoo.com.br


Ps: Confesso que já fui feito também.